Joana Duriaux

Idealizadora, criadora ,mantenedora de instrumentos diversos que conduzem à Natureza.
Encontrou na naturopatia um vinculo confortavel para emplasmar a sua filosofia pessoal. Fez desse vinculo um veiculo para ampliar o seu trabalho atravez da escola Epidaure que dirige, coordena e mantem. Acredita que a vida é fortalecida pelos encontros especiais que enserem o homem (microcosmos) a Natureza (macrocosmo), E todo o seu trabalho tem sido uma abertura de caminhos para este grande encontro do homem consigo mesmo.

sexta-feira, 9 de março de 2012

AMOR + SACRIFÍCIO = STRESS - Halu Gamashi




                                               AMOR + SACRIFÍCIO = STRESS


                                          Uma abordagem diferente sobre o tema


Discutir o stress está na moda. Isso é muito bom. Melhor será se este modismo trouxer soluções reais e uma reflexão profunda sobre o tema.


A primeira coisa a ser dita a respeito do stress é sobre a diversidade e pluralidade da sua existência e das suas conseqüências. Tentaremos aqui buscar um enfoque objetivo e descritivo sobre este fenômeno, que ano a ano, vem diminuindo o prazer e a tranqüilidade em todo o mundo.


Para você saber se está estressado basta olhar a qualidade do prazer em sua vida.


Na minha opinião, fruto da minha experiência terapêutica, o stress mais perigoso é o que se manifesta associado a uma situação antes prazerosa que se transformou em estressada.


Estar estressado, irritado, mal humorado no trânsito, nas imensas filas de banco é óbvio que é terrível, embora nossas emoções responderem com stress a este tipo de atividade é um alarme esperado.


Porém, estar numa praia num belo dia de sol e não conseguir relaxar, não conseguir se entregar ao prazer do dia é muito grave. Tornaram-se comuns brigas nas filas de cinema, nos bares, nos restaurantes. Por quê?


Porque o stress já passou a ocupar nas nossas vidas um espaço muito maior. Hoje ele nos ocupa no trânsito desagradável e dificulta o nosso prazer. Muitas vezes, uma viagem a passeio transforma-se num pesadelo, porque os viajantes já acumularam tanto stress nos seus corpos, nas suas emoções e tornaram-se tão intolerantes que uma pequena discórdia transforma-se numa grande discussão.


Quem está num trânsito engarrafado e não se sente estressado pode estar revelando uma indiferença e frieza emocional, onde o stress já nem se manifesta para sinalizar e avisar o quanto é desagradável e desgastante esta experiência.


No entanto, irritabilidade, falta de vontade para passear, se divertir e qualquer dificuldade ou inapetência para o prazer revela um stress acentuado, que já ultrapassou os limites suportáveis para a vida urbana.


Lendo muitas revistas confirmei que este tema está muito presente na vida das pessoas. Não há quem não conheça ou reconheça os sintomas mais comuns do stress.


Resolvi colaborar com esta questão abordando a relação amor e sacrifício. Sacrificar-se por amor sacrifica o amor e tudo culmina num grande stress. O amor estressado é o amor humilhado que traz a baixa estima, a falta de gentileza, de sutileza, e estabelece a vida caótica que assistimos por aí.


Com o amor estressado não nos permitimos ser gentis com ninguém. Uma pessoa no trânsito nos pede passagem e a tratamos como uma inimiga que está nos “atrapalhando”. Não dá para ser gentil.


O amor estressado enraíza uma raiva crônica e tudo se transforma em ruim, pesado. É isto que faz com que as pessoas, por exemplo, se dirijam a um estádio de futebol para se divertirem, e transformem um jogo num caso de vida ou morte. Algo mais ou menos assim: “Se ganhar de mim morre”. Ou: “Perdeu o jogo, é um perdedor, também tem que perder a vida”.


Na minha opinião, tudo isto é muito preocupante, principalmente porque é muito difícil se refletir com profundidade sobre o tema stress. E resume-se este assunto a listar sintomas físicos, somados a clichês maquiados com o “tudo azul”. Respire “azul” que tudo fica bem... (Argh !!!)


A minha experiência terapêutica mostra-me que este tema precisa ser compreendido com bastante profundidade. Não basta falarmos de olheiras, irritabilidade, depressão, ansiedade, etc. É preciso levar a sociedade a pensar que o nosso corpo e as nossas emoções estão tão contaminados com o stress que até quando criamos um território para o prazer, o divertimento e o descanso; ele, o stress, mapeia nosso território e engarrafamos nossas emoções, enfileiramos nossos sentimentos.


Contidos, nos levamos por aí obrigando-nos a relaxar. E quando o stress manda relaxar, o relaxamento é precário. Para reverter este quadro primeiro é preciso termos consciência de quanto o stress já se manifesta inibindo o nosso prazer e, na seqüência, procurar uma ajuda para neutralizar as suas conseqüências ruins. Esta ajuda pode ser terapêutica, a prática de um esporte ou, as duas atividades simultaneamente a depender do perfil de cada um. Mas vamos lá, vamos continuar discutindo, lendo e falando sobre o stress.


É na multiplicidade de opiniões, visões e conceitos que o conhecimento cresce.


                                                                                                    Halu Gamashi.

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